CASO CLINICO 05
ID: DESF, 43 anos, natural e procedente de Fortaleza, desempregada.
QP: “dor forte no alto a barriga que fica difícil até de andar”
HDA: Paciente deu entrada em pronto atendimento com queixa de dor intensa e constante em andar superior do abdome há 3 dias, sem melhora com uso de analgésico comum. Relata hiporexia e episódios de vômitos associados a dor. Além disso, refere emagrecimento e uso frequente de analgésico para alívio de dor moderada e recorrente em região epigástrica, que é agravada após ingestão de álcool.
HPP: Paciente é hipertensa, em uso de captopril + hidroclorotiazida.
HF: Mãe hipertensa e em tratamento de CA de mama. Não sabe informar sobre pai e irmãos.
HS: Paciente etilista e tabagista desde os 20 anos de idade, relata ter aumentado a quantidade ingerida de bebida alcoólica logo após ter ficado desempregada há quase 2 anos.
EXAME FÍSICO:
Paciente consciente, orientada, hidratada, hipocorada (++/4+), anictérica, acianótica, afebril, padrão ventilatório confortável em ar ambiente.
Sinais Vitais: PA 110 x 89 mmHg / FC 103 bpm / FR 18 ipm
Exame cardíaco: Bulhas normofonéticas em 2 tempos, sem sopro. Paciente hemodinamicamente estável.
Exame respiratório: Murmurio vesicular universalmente audível, sem ruídos adventícios. Som claro pulmonar a percussão, expansibilidade preservada bilateralmente.
Exame abdominal: Abdome plano. Ruídos hidroaéreos presentes, timpanismo à percussão do abdome, doloroso a palpação em região epigástrica. Não há visceromegalias ou massas detectáveis à palpação. Sem sinais de peritonite.
EXAMES COMPLEMENTARES:
Exame laboratorial:
Hm:4,9
Hb:12,1
Ht: 38,0
Leucócitos: 9.000
Amilase:158
Lipase: 1,7
Proteínas totais: 5,1
AST:38
ALT: 33
Exame de imagem:
Tomografia computadorizada evidenciando heterogeneidade do parênquima pancreático com presença de calcificações e dilatação do ducto pancreático comum.